Rainha da POP! Será este o título que poderá definir toda a vida e obra de uma artista? Ou, ao invés, será este apenas mais uma estratégia de marketing bem estruturada desde os anos 80, reflexo do lobby de uma indústria musical que se desgastou durante décadas de um modo impensável? O julgamento cabe a cada um de nós, por certo. No entanto há algo de inegável: o prazer de ver o esforço e a dedicação da artista que idolatramos recompensado e, acima de tudo, reconhecido. Quer o conceito de música POP tenha caído em desgraça, quer sobreviva de modo mais ou menos honroso, a verdade é que ressurgiu qual Fénix das cinzas, com uma nostalgia algo revivalista bem associada aos anos 80, bem como a dadas influências bem conhecidas da não longínqua década de 90. Se Cindy Lauper conferiu ao género POP um carácter rebelde que parecia desmoronar a barreira (anteriormente bem delineada) entre este género e o rock, a verdade é que Lady Gaga abraçou esse conceito que parecia já perdido nas brumas da história da música, conferindo-lhe uma genialidade com um acrescento algo metal, puro incentivo a uma vivência mais extrema e epicurista ainda. Embora Lauper não tenha “merecido” o tão afamado título devido á sua rebeldia enquanto “bad girl” da indústria, deixou a pairar uma áurea de excentricidade que viria a ser (extraordinariamente) bem aproveitada por Gaga, que, não apenas continuando o legado, decidiu levar a sua cruzada artística ainda mais além, tomando a música de assalto e redefinindo as bases que anteriormente pareciam tão sólidas neste meio… Se ser rainha é mostrar um comportamento constante e garantir êxitos durante toda uma carreira, então podemos afirmar que é um título algo escasso para definir uma artista como Lady Gaga.
Gaga é mais que uma “mera” rainha da POP; é a mais pura essência da música enquanto arte que toca a alma por excelência… ELA é a pessoa que, mais que definir um género musical, vai definir toda uma geração, senão toda a humanidade, vendo o seu nome relembrado não como a rainha da POP, mas como a alma da própria música!
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